Esta é a
carta de demissão mais linda que já vi. É impactante, objetiva e ousada.
Faulkner,
mesmo antes de ganhar o Nobel, teve que ralar um pouquinho. Trabalho sob
pressão numa agencia dos correios e, segundo o que se sabe, ele não era um bom
funcionário. Muitos dos seus famosos romances foram escritos durante o seu
expediente, por exemplo. Depois de muitas reclamações do setor, ele escreveu a
carta que se segue:
Outubro, 1924.
Enquanto eu
viver sob o sistema capitalista, espero ter a minha vida influenciada pelas
demandas das pessoas endinheiradas. Mas eu vou ser amaldiçoado se me propuser a
estar à disposição de cada canalha itinerante que tem dois centavos para
investir em um selo postal.
Isso,
senhor, é a minha demissão.
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William
Faulkner Nasceu em 25 de setembro de 1897 em New Albany, Mississippi. Aclamado
com o prêmio Nobel e dois Pulitzer, é autor de clássicos da literatura
americana, como O som e a fúria (1929) e Luz de agosto (1932). Utilizando a
técnica do "fluxo de consciência" consagrada por James Joyce,
Virginia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann, Faulkner narrou a decadência do
sul dos Estados Unidos da América, interiorizando-a em seus personagens, a
maioria deles vivendo situações desesperadoras no condado imaginário de
Yoknapatawpha. Por muitas vezes descrever múltiplos pontos de vista (não raro,
simultaneamente) e impor bruscas mudanças de tempo narrativo, a obra
faulkneriana é tida como hermética e desafiadora.Faulkner faleceu de
complicações cardíacas em 06 de Julho de 1962, logo depois de lançar seu último
romance, Os desgarrados.
Fonte: L&PM /
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