Como eu já disse certa vez aqui no blog, as guerras serviram de plano de fundo para muitos romances dramáticos que nos fazem refletir sobre a ação humana. Os livros que possuem a guerra como cenário são regados de dramas e, consequentemente, muitas emoções. Com o romance de estreia Aqueles que nos salvaram (Casa da Palavra, Tradução Alice Klesck , 390 páginas, R$44,90) Jenna Blum nos brinda com um romance cheio destas características, porém, como bem disse o jornal The Times "Parece estranho que alguém possa ter escrito um romance prazeroso sobre o Holacausto, mas é o que Jenna Blum fez."
O que fazer quando uma filha de um simpatizante nazista apaixona-se perdidamente por um médico judeu em tempos da segunda guerra?
O que fazer quando você não sabe do seu passado e quer conhecê-lo para entender o seu presente? É com estas angustiantes perguntas que a autora trabalha a sua narrativa.
O fio condutor da história é o romance travado entre Anna, descendente de alemães e Max, descendente de judeus. O romance inicia quando o cão de Anna passa mal e ela corre até o médico mais próximo para poder curá-lo. Com o romance proibido dos dois, nasce Strudel ou Trudy, como é mais conhecida ao longo do livro. O jovem Max, por ser judeu, claro, é entregue à SS e Anna, ainda grávida, resolve sair de casa. Desamparada, a jovem pede auxílio à Mathilde Staudt, uma confeiteira da cidade que lhe ensina a produzir pães. Esta mulher tem o costume de servir pães para os oficiais do campo de concentração e, escondida, deixa alguns extras para alimentar os prisioneiros. Ao descobrir isso, Anna tem a esperança de tentar rever seu amado e começa a acompanhar Mathilde ao campo. Quando da morte de sua protetora, Anna ainda continua visitando o campo na fé de encontrar algum bilhete. Porém é neste momento que a vida da protagonista fica mais difícil: eis que um dos oficiais surge e inicia uma série de questionamentos sobre a presença da mulher ali. Temendo ameaças constrangedoras e no desespero para garantir a sobrevivência de sua filha Truddy, Anna resolve ceder e durante mais de 2 anos mantém relações íntimas com o oficial. Com o tempo, o oficial começa a conviver com as duas. É por esse e outros motivos que Anna insiste em esconder o passado da filha.
O que fazer quando uma filha de um simpatizante nazista apaixona-se perdidamente por um médico judeu em tempos da segunda guerra?
O que fazer quando você não sabe do seu passado e quer conhecê-lo para entender o seu presente? É com estas angustiantes perguntas que a autora trabalha a sua narrativa.
Aqueles que nos salvaram - Jenna Blum Tradução Alice Klesck - Casa da Palavra 390 páginas, R$44,90 |
O fio condutor da história é o romance travado entre Anna, descendente de alemães e Max, descendente de judeus. O romance inicia quando o cão de Anna passa mal e ela corre até o médico mais próximo para poder curá-lo. Com o romance proibido dos dois, nasce Strudel ou Trudy, como é mais conhecida ao longo do livro. O jovem Max, por ser judeu, claro, é entregue à SS e Anna, ainda grávida, resolve sair de casa. Desamparada, a jovem pede auxílio à Mathilde Staudt, uma confeiteira da cidade que lhe ensina a produzir pães. Esta mulher tem o costume de servir pães para os oficiais do campo de concentração e, escondida, deixa alguns extras para alimentar os prisioneiros. Ao descobrir isso, Anna tem a esperança de tentar rever seu amado e começa a acompanhar Mathilde ao campo. Quando da morte de sua protetora, Anna ainda continua visitando o campo na fé de encontrar algum bilhete. Porém é neste momento que a vida da protagonista fica mais difícil: eis que um dos oficiais surge e inicia uma série de questionamentos sobre a presença da mulher ali. Temendo ameaças constrangedoras e no desespero para garantir a sobrevivência de sua filha Truddy, Anna resolve ceder e durante mais de 2 anos mantém relações íntimas com o oficial. Com o tempo, o oficial começa a conviver com as duas. É por esse e outros motivos que Anna insiste em esconder o passado da filha.
"...Ela Jamais poderá contar-lhe o que começou a dizer: que passamos a amar aqueles que nos salvaram..."(Pág. 361)
Dando um salto no tempo, encontramos Truddy já adulta e professora de história alemã numa faculdade. A menina, agora mulher, participa de um projeto para entrevistar sobreviventes do Holocausto e descobrir o papel das mulheres alemãs durante a Guerra.
Aqui a própria ação de Truddy confunde-se com a real vida da escritora do livro, pois Jenna trabalhou durante anos entrevistando sobreviventes do Holocausto para a instituição Survivors of the Shoah Visual History Foundation, criada por Steven Spielberg.
A partir do momento da pesquisa, Trdudy ao longo da história tenta descobrir o grande segredo que sua mãe Anna esconde há cinquenta anos . Pois ela, não sabendo a sua história real e até mesmo quem era seu pai, busca incessantemente a verdade de tudo.
O livro vai e volta entre o ponto presente da América onde encontra-se Anna Truddy e o tempo da Alemanha de Hitler. De forma inteligente e cuidadosa, a autora vai mesclando capítulos que nos fornecem fatos da História e da vida das personagens.
A narrativa é intercalada entre o presente e o passado, explicando o que ocorreu na vida de Anna para deixá-la neste estado.
Com extremos diferentes, mãe e filha, tem objetivos peculiares: Anna quer esquecer o passado e, por isso, nunca contou nada à Trudy. Já esta, por sua vez, quer compreender o passado para libertar-se dos pesadelos que a perseguem e entender o que sua mãe esconde.
O livro vai e volta entre o ponto presente da América onde encontra-se Anna Truddy e o tempo da Alemanha de Hitler. De forma inteligente e cuidadosa, a autora vai mesclando capítulos que nos fornecem fatos da História e da vida das personagens.
A narrativa é intercalada entre o presente e o passado, explicando o que ocorreu na vida de Anna para deixá-la neste estado.
Com extremos diferentes, mãe e filha, tem objetivos peculiares: Anna quer esquecer o passado e, por isso, nunca contou nada à Trudy. Já esta, por sua vez, quer compreender o passado para libertar-se dos pesadelos que a perseguem e entender o que sua mãe esconde.
É mais um romance que tem a Guerra como fundo. Mas este destaca-se pela originalidade com que Jenna Blum consegue impelir em suas linhas incitando no leitor um misto de revolta e prazer pelo romance. Embora o final não seja surpreendente, o livro ficou durante um ano na lista dos mais vendidos do New York Times.
Sua resenha confirmou o que já sentia sobre esse livro. Eu realmente adorei, tinha até marcado o livro como desejado no skoob de tanto que estou louca para ler. Nunca gostei muito de livros que retratassem esse período, não tenho um motivo claro, mas esse com certeza me fará repensar. Obrigada pela ótima resenha.
ResponderExcluirQUERO LER. <3 é raro eu ficar dizendo isso nos posts, mas né... fala de 2GM pra mim que eu fico louca hauiahuiahaui
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